top of page
Bandeira do Brasil

INÍCIO

O contexto internacional em que o Brasil estava inserido na década de 1960 era bastante limitado. O país experimentava um isolamento político e econômico do mundo e interagia pouco com outros países, principalmente no que dizia respeito a debates de questões internacionais. Esses debates, quando ocorriam, tinham como tema exclusivamente a Guerra Fria.
Ao perceber a necessidade que tinha o Brasil de se expandir e atuar internacionalmente, Mario Garnero, presidente do Grupo Brasilinvest e grande empresário brasileiro, criou o Fórum das Américas, um dos primeiros think-tanks do país.
O foco no continente americano se deu principalmente devido ao fato de que as Américas eram auto-suficientes em praticamente tudo – alimentos, energia, pessoas – e Mario Garnero viu aí uma possibilidade concreta de inserir o Brasil nos grandes debates internacionais.
Em 1965, o I Fórum das Américas, evento que deu origem à ONG, recebeu especialistas em nível ministerial de diversos países da América a fim de discutir a Educação no continente. Foi realizado de 20 a 23 de novembro e contou com a ilustre participação do então Senador americano Robert Kennedy, além do então Ministro da Educação do Brasil, Flávio Suplicy de Lacerda, e os Ministros da Educação da Bolívia, de El Salvador e do Paraguai.
Em 1978 a criação do Fórum foi oficializada através do seu estatuto, que o definiu como uma “instituição privada sem fins lucrativos, criada com o objetivo de estimular o debate e o intercâmbio de ideias em nível interamericano, tendo como pressuposto básico a defesa da livre iniciativa econômica, com vistas à busca de resultados harmônicos no processo de desenvolvimento hemisférico.”
O primeiro evento realizado pela ONG Fórum das Américas foi a conferência “A Livre Iniciativa na Integração Continental”, que teve lugar em julho de 1979 em São Paulo. Em parceria com a Organização dos Estados Americanos, o Fórum viabilizou um franco e amplo debate do estágio e das perspectivas da integração continental e teve a participação de aproximadamente 1.500 autoridades governamentais e empresários de todos os países americanos. Em seu encerramento aprovou a “Carta de São Paulo” delineando o embasamento político filosófico do processo de integração pretendido.
Hoje, em um contexto de globalização e de uma extensa inserção internacional do Brasil, o Fórum visa a discutir os principais temas da agenda brasileira não só para as Américas, mas para o mundo. Objetiva, portanto, servir como uma plataforma para discussão e comunicação entre governos, empresários e outras instituições.

bottom of page